Mais de um dia depois, Barra Funda sofre com a falta de energia

Mais de 30 horas depois do temporal que atingiu São Paulo, vários bairros da capital e cidades da Grande São Paulo ainda continuavam sem luz no início da noite desta quarta-feira (8).

Segundo a Eletropaulo, os bairros Alto da Boa Vista, Santo Amaro, Butantã e bairro Barra Funda eram os mais afetados. A cidade Cotia, Osasco e cidade Itapecerica da Serra, além de parte de Santo André, também sofriam com a falta de luz.

A situação era complicada ainda no trânsito. Às 19h15, havia 39 cruzamentos apagados na capital.

O Procon notificou a Eletropaulo devido à demora no restabelecimento e deu 48 horas para que a concessionária dê uma resposta sob pena de pagamento de multa. A concessionária disse que 95% das ocorrências já foram resolvidas e que providenciará as informações ao Procon. Cerca de 2 mil funcionários foram deslocados para resolver a situação.

A falta de energia também prejudicou o fornecimento de água. Bairros das zonas Leste e Sul passaram a registrar problemas decorrentes do apagão. A Sabesp disse que a situação será normalizada assim que a luz voltar.





Os impactos da falta de luz foram sentidos pelos comerciantes. As cadeiras ficaram vazias no restaurante que fica bem perto de um posto na região de Santo Amaro, na Zona Sul. Os clientes que queriam usar o cartão para pagar a conta não conseguiram e tiveram que comprar fiado. “Tive um prejuízo danado. Minhas cervejas estão quentes. A carne e os refrigerantes ficaram todos quentes”, disse Elisângela Rodrigues, a proprietária do restaurante.

Uma loja de roupas na Avenida Jabaquara ficou fechada durante todo o dia. Só tinha o movimento de funcionários esperando a volta da luz. “Cheguei meio dia e meio. A gente fica aguardando a luz chegar para que a gente possa retomar a nossa obrigação”, disse a atendente Simone Pereira.

Mas algumas lojas abriram as portas ao público mesmo sem energia elétrica. Às 16h, uma loja de calçados fazia o atendimentoo no escuro.

Quem não podia esperar, alugou um gerador. O gerente de uma farmácia pagou R$ 2 mil para usar o equipamento por um dia.

O Procon diz que os clientes podem pedir ressarcimento à concessionária de energia pelos prejuízos. “Se não conseguir a solução do problema pode fazer a reclamação em um órgão de defesa do consumidor”, diz o diretor-executivo da entidade, Paulo Arthur Góes.

Fonte: G1





Deixe seu comentário