A batida entre os dois trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na tarde desta terça-feira (12) deixou 14 pessoas feridas, sendo que uma delas – uma mulher de 23 anos – ficou em estado grave e foi levada para o Hospital das Clínicas, segundo informou o tenente-coronel Antonio Ferraz dos Santos, da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros. A mulher sofreu um trauma no tórax. Os demais passageiros sofreram ferimentos leves.
O acidente ocorreu por volta das 13h40 na estação Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Segundo a CPTM, um trem que circulava pela linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), no sentido Luz, bateu atrás do outro que estava parado à frente, aguardando a sinalização para seguir viagem rumo à estação Luz.
Para prestar socorro às vítimas, foram acionados, também, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a Polícia Militar. Segundo o coronel Ferraz, foram deslocados, 30 homens para o resgate. Logo após a batida, a companhia havia informado, em nota, que não havia feridos com gravidade.
– Alguns passageiros que estavam de pé perderam o equilíbrio, o que pode ter gerado quedas ou escoriações leves. Os agentes da estação estão mobilizados no atendimento dos usuários.
Por causa do acidente, a circulação na linha 7-Rubi ocorria alternadamente por uma única via na região da estação Barra Funda, o que causava maior intervalo entre os trens.
De acordo com o gerente de relacionamento da CPTM, Sérgio de Carvalho Júnior, às 16h a plataforma 10, que foi interditada para a remoção das vítimas, vai ser liberada.
– A CPTM está apurando o que ocorreu durante a colisão entre as duas composições. O maquinista que operava a composição que bateu no trem parado na plataforma usou o freio de emergência, porém, não sabemos o que de fato aconteceu. Com base no laudo da perícia iremos avaliar o que aconteceu.
Vinda da estação Francisco Morato em direção à Barra Funda, a operadora de telemarketing Thaila Cristiane da Silva Freitas estava dentro do trem parado na plataforma. Ela disse que, no momento da batida, o vagão começou a chacoalhar.
– Quando desci do trem, vi que o outro havia batido. Foi tudo muito rápido. A sorte é que não sofri nenhum ferimento.
Revisão
O trem que estava parado, aguardando o desembarque de passageiros, era antigo, de 1976. Já o que provocou a batida é novo, de 2010. Segundo Carvalho, os trens passam por uma inspeção detalhada sempre que atingem 2.000 km rodados. No entanto, de forma preventiva, todas as composições passam por uma checagem diária.
Os usuários que precisarem de esclarecimentos sobre o funcionamento dos trens da CPTM podem entrar em contato com a central de atendimento 0800-0550121. A ligação é gratuita.
Fonte: R7