La Fura dels Baus volta comportada ao Brasil e se apresenta na Barra Funda

O La Fura dels Baus que se apresenta neste sábado, 4, no Memorial da América Latina é bem diferente do grupo que esteve no Brasil em 1991, para uma intervenção na Bienal de Arte de São Paulo. O nome é o mesmo. Muitos de seus componentes permanecem no conjunto. O discurso – que apregoa a simbiose de todas as artes – também continua lá, de prontidão. Mas onde estão aqueles loucos enfurecidos que chocaram o mundo? O La Fura cresceu. E mudou. Mudou muito.

À época em que passaram por aqui pela primeira vez, no comecinho dos anos 1990, lembra o diretor do grupo catalão, Carlos Padrissa, o La Fura estava habituado a encenações de dimensões menores. Não que fossem plateias diminutas. Não, esse nunca foi o foco desse polêmico coletivo. Mas pensava-se, então, em espetáculos para até mil espectadores. Formatos que permitissem pôr em prática a sua “linguaje furera”: um modo bastante intenso e controverso de relacionar-se com o público. Para dizer o mínimo.





Tudo isso se alterou depois de 1992: quando receberam a incumbência de fazer a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Barcelona e se tornaram especialistas em megaintervenções.

É de fato um show de medidas agigantadas que São Paulo deve acompanhar. Diante de cerca de 12 mil pessoas, os espanhóis devem exibir os seus dotes acrobáticos e a grandiloquência da sua estrutura: guindastes e gruas que pesam 160 toneladas, anjos que voam por sobre as cabeças dos espectadores, uma rede humana formada por 60 pessoas, uma marionete de 8 metros de altura que caminha por entre a platéia.

A apresentação acontece no Memorial da América Latina. Rua Tagipuru, 282, Barra Funda, telefone 4003-1212. Hoje, às 17 h. Grátis (ingressos esgotados).

Fonte: Estado de S. Paulo





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