Quatro meses após lei que proibiu cobrança de taxa, passageiros elogiam banheiros de rodoviária na Barra Funda

Cerca de quatro meses após a sanção da lei que proibiu a cobrança de dinheiro pelo uso dos banheiros públicos nas estações rodoviárias do Estado, fizemos uma ronda pelos três terminais rodoviários da capital paulista para verificar as condições de manutenção desses locais. Ao longo de duas tardes, a reportagem passou pelas rodoviárias do Tietê, na zona norte, bairro da Barra Funda, na zona oeste, e Rodoviária do Jabaquara, na zona sul da cidade. Todas estavam em boas condições de higiene e manutenção.

Nos três pontos, o serviço de limpeza é realizado ao longo de todo o dia. Em todas as visitas, a reportagem encontrou funcionários retirando o lixo das cabines e passando panos no chão. A pior situação foi a do banheiro da rodoviária do Tietê, onde o cheiro de urina era forte e havia papéis espalhados pelo chão.

No Jabaquara, ao contrário, o ambiente tinha cheiro de detergente e o piso estava limpo. Funcionária do local, Edileuza Dias dos Santos disse que recebe orientação para repor papel e sabonete de hora em hora.

– Limpo toda hora. Faço a troca de papel, coloco mais sabonete. Meu posto é aqui. Fico o dia todo e, quando saio para almoçar, vem outra no meu lugar.

Pina Thufi, de 77 anos, elogia o serviço. Ela diz usar o banheiro da rodoviária do Jabaquara pelo menos uma vez por semana, quando pega ônibus para voltar para casa, no litoral de São Paulo.

– Entrei agora a pouco, e está bem limpo. Sempre que viajo uso aqui, uma vez por semana mais ou menos. Nunca tem sujeira, as mocinhas são boas.

Problema





O problema mais frequente verificado pela reportagem foi a ausência de algumas saboneteiras. Nos sanitários dos três terminais havia pelo menos um desses utensílios faltando ou quebrado. Alguns ventiladores também não estavam em funcionamento, mas os usuários não se queixaram de calor ou falta de ventilação. Na rodoviária Tietê, a usuária Patrícia Magalhães, de 34 anos, disse que os defeitos não prejudicaram a utilização do banheiro.

– Não faltou nada do que precisei, pelo número de pessoas até que eles estão conseguindo manter bem. Está meio sujo, mas eles já vão limpando conforme todo mundo sai.

Na rodoviária Barra Funda, a situação não foi diferente. Duas das cabines estavam interditadas para manutenção, mas não havia fila para o uso das outras. Os cestos de lixo estavam vazios, havia papel em todas as cabines e as descargas funcionavam normalmente. O cheiro de detergente se sobrepunha a um leve cheiro de urina e não havia papeis espalhados pelo chão. Na pia, faltava uma saboneteira.

A maioria dos usuários do terminal rodoviário da zona oeste ouvidos não apresentou queixas sobre o serviço, mas uma funcionária do local fez ressalvas quanto à manutenção da higiene no local. Keiti da Silva Cândido, que trabalha num estande dentro da rodoviária, confirma que há dias em que a  limpeza dos banheiros é ruim.

– Uso todos os dias. Tem dia que está horrível, não da nem para entrar por causa do cheiro. Ontem, por exemplo, estava bem ruim, mas nunca falta nada.

Lei

A lei 14.547 foi publicada no Diário Oficial no dia 15 de setembro de 2011 e entrou em vigor imediatamente. Ela obriga as concessionárias responsáveis pela administração nas estações a manter as instalações dos banheiros em boas condições. Os operadores dos terminais ficam sujeitos a uma multa diária de R$ 5.235 se não cumprirem a determinação.

Fonte: R7





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