Os advogados Márcio Thomaz Bastos, João Luís de Oliveira e Jaqueline Furrier deram entrada no Fórum Central Criminal Barra Funda, em São Paulo, a um novo pedido de habeas corpus em favor do ex-médico Roger Abdelmassih.
Roger foi condenado pela juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal, a 278 anos de prisão por abuso sexual de 39 mulheres (38 pacientes e uma funcionária), entre 1995 e 2008, em sua clínica de reprodução assistida. Está foragido desde 6 de janeiro deste ano.
O processo foi cadastrado e distribuído na quinta-feira passada, 8 de setembro. Ficou a cargo do desembargador José Raul Gavião de Almeida, da 6ª Câmara de Direito Criminal.
“Não posso me manifestar sobre processo que estou julgando”, afirmou o desembargador Gavião de Almeida a esta repórter. “A única coisa que posso dizer é que não concedi liminar, pois não é um processo que implica urgência. Remeti-o ao Ministério Público do Estado de São Paulo para que dê um parecer. Só depois é que o habeas corpus irá a julgamento, que será feito por três desembargadores.”
Isso significa que, numa primeira análise, o desembargador Gavião de Almeida não detectou nenhuma ilegalidade ou arbitrariedade na prisão de Roger. Em conseqüência, o processo vai correr normalmente. Irá para o MP, que dará um parecer. Depois, para a Câmara de Julgamento, quando os desembargadores julgarão o mérito do habeas corpus. Esse trâmite demora dois a três meses.
Em bom português: Advogados tentam revogar a prisão de Roger mas não conseguem. O desembargador Gavião de Almeida já havia negado dois habeas corpus para Roger.
Fonte: Plantão Osasco